quinta-feira, abril 04, 2013

Uma semana

Eu tenho andado de dedos cruzados e pensamento forte. Eu sei que você é só mais um cara bonito que não vai durar, mas deixa eu sonhar, deixa eu cruzar meus dedos desejando que dê certo. Deixa eu fazer textos e mais textos falando de como você parece de costas, das suas costas e da sua nuca. E da perfeição que foi ver você parado na minha frente, me olhando de longe e depois de perto. E da sua boca em forma de linha, e da sua mímica, e de você gaguejando, deixa. Chega ser difícil acreditar que uma pessoa como você fique sem graça, mas foi lindo assistir. 
Eu sei como isso termina, mas também sei que não vou parar de olhar.

terça-feira, agosto 21, 2012

You don't know me, cause you're dead wrong (8)

Sabia que a cama se sente mais aquecida quando eu durmo sozinha?
Sabe, eu ainda sonho colorido e faço coisas que eu quero fazer.
Você acha que teve o melhor de mim, você acha que riu por último. Aposto que você acha que tudo de bom se foi, acha que você me deixou machucada, achou que eu voltaria correndo. Então você não me conhece, por que você está absolutamente enganado.
O que não te mata te faz mais forte, te faz sentir maior.
Não significa que estou só quando estou sozinha.
O que não te mata te faz um guerreiro, deixa os passos ainda mais leves. Não significa que estou destruída só por que você se foi.
Você não pensou que eu voltaria, que eu voltaria oscilante. Você tentou me quebrar mas ainda vai ver muita coisa.
Graças a você eu tenho começado algo novo;
Graças a você eu não sou só um coração partido;
Graças a vocês eu estou finalmente pensando em mim;
Você sabe, no final do dia que você partiu, foi apenas o meu começo.

segunda-feira, junho 25, 2012

Sete mil chaves

Se você diz que vem, eu espero. Se você não diz, espero também. E se você diz que não vem espero do mesmo jeito. Eu to sempre te esperando e você nunca vem.
Você diz que eu sou fechada e nada romântica. Mas é só porque eu vivo te esperando. Não posso te falar que eu gosto de surpresas porque eu tenho medo de surpresas e mesmo assim fico na espera delas. E nas quase nunca raras vezes que elas acontecem, por mais fofas e lindas e românticas que sejam eu não vou te falar alguma coisa fofa ou linda ou romântica. O máximo que vai sair da minha boca é um ou muitos palavrões, mas aí é que vem a graça: não olhe para minha boca nem dê atenção para o que sair dela. Olhe nos meus olhos. Tudo o que eu me mato pra esconder do resto do mundo com textos irônicos e na defensiva ou com meu jeito de tentar ser forte e não deixar ninguém se aproximar ou também do meu gênio que há quem diga ser ruim. Os meus olhos mostram tudo, me desarmam, para a minha infelicidade não conseguem esconder muita coisa. Mais triste que o fato deles escancararem tudo o que era pra ser segredo, é o fato de não olharem para eles por que estão mais preocupados com a minha bunda ou com o meu decote ou com as besteiras que saem da minha boca o tempo todo. Só de pensar quantas vezes me declarei sem proferir uma palavra se quer e não conseguirem entender, fico triste.
O buraco da minha fechadura da porta trancada na minha vida são meus olhos e as sete mil chaves dessa porta eu fui perdendo uma por uma. Algumas foram roubadas, outras tantas eu dei de presente pra quem eu julguei muito mal merecer. ÓBVIO que me ferrei. As outras eu acho que caíram de algum bolso furado.
E no fim meus olhos se trancaram para mim. Foi algum ato de revolta ou auto-proteção contra eu mesma. Só dá pra ver confusão e medo e desespero. Não é nenhum pedido muito urgente não, mas, por favor, me olha, me enxerga, me entende e me explica. Eu espero.

quarta-feira, junho 13, 2012

A dor que a gente sente não sai no jornal.

Eu senti dor a minha vida inteira, fisicamente e psicologicamente e emocionalmente falando e to aqui: vivinha da silva. Já senti bastante saudade também e não morri. Já me arrependi de um monte de coisa também e segui em frente. E olha, eu sou fraca. Só sou forte no meu mundo imaginário que ninguém vê, eu sei. Mas se fraca eu sou assim, qualquer um pode ser. Então me poupe de todas as ladainhas imagináveis, que eu me poupo de ter que fingir que sou forte.
Estou fugindo. Pode me chamar de covarde e do que quiser, eu aguento!

quinta-feira, junho 07, 2012

Tudo é muito ruim pra entender uma coisa boa

 Não preciso de ajuda. Preciso de um mundo novo com pessoas boas. Não precisa ser pessoas novas, pode ser as velhas numa versão boa.
 Eu to caindo a um tempo e to cansada de cair, preciso chegar logo no chão e sentir a queda, o tombo, a pancada. Eu pensava que já tinha sentido todas as dores, mas toda vez que paro pra pensar acho mais alguma dorzinha, ou é a mesma de sempre disfarçada. Só sei que dói.
 Não me mostro mais. Não quero mais falar o que eu sinto. Não quero mais opinar sobre nada. Não quermo mais escrever, olha só o que o mundo fez comigo. Quero ficar quietinha, deitada na minha cama com um copo de leite quente do lado. Não quero a Tv nem o celular nem o computador.
 Eu sempre soube da ruindade do mundo, o que eu não sabia é que piorava, e agora que eu sei, sei também que ainda vai piorar bastante. E sim. Tenho medo. Bastante medo.
 O que eu costumava sentir pelas pessoas era uma coisa boa. Mas não mostro mais o que eu sinto porque agora eu vejo que tudo é muito ruim pra entender uma coisa boa. Então eu deixo pra mim. Eu sei que eu também não sou boa, mas não deixei de ter sentimentos. Eu sinto por tudo. E sinto muito por isso.